Reze conosco...

ANGELUS

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria…

V. Eis a Serva do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a Vossa Palavra.
Ave Maria…

V. E o Verbo se fez carne.
R. E habitou no meio de nós.
Ave Maria…

V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos.

Infundi, Senhor, como Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela Anunciação do Anjo conhecemos a Encarnação de Cristo, Vosso Filho, pela sua Paixão e Morte na Cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém

Ele veio...

E, de repente, damo-nos conta que é impossível permanecer insensíveis.
O desejo incompleto aponta para um outro clarão de luz.
Algo grandioso está para acontecer...
É chegado o tempo: não estamos mais sozinhos.


é chegado o tempo...

DO NASCIMENTO
Romance 9º

Quando foi chegado o tempo
Em que de nascer havia,
Assim como o desposado,
Do seu tálamo saía
Abraçado à sua esposa,
Que em seus braços a trazia;
Ao qual a bendita Mãe
Em um presépio poria
Entre pobres animais
Que então por ali havia.
Os homens davam cantares,
Os anjos a melodia,
Festejando o desposório
Que entre aqueles dois havia.
Deus, porém, no presépio
Ali chorava e gemia;
Eram jóias que a esposa
Ao desposório trazia;
E a Mãe se assombrava
Da troca que ali se via:
O pranto do homem em Deus,
E no homem a alegria;
Coisas que num e no outro
Tão diferente ser soía.

São João da Cruz

Romances Trinitários e Cristológicos

Tu vens...

O SENHOR VAI CHEGAR

«Hoje sabereis que o Senhor vai chegar
e amanhã vê-Lo-eis surgir na Sua glória”.
Sim, quando à noite as velas brilham nas árvores
e se trocaram os presentes,
um desejo insatisfeito impele-nos para fora,
para outra Luz,
até que toquem os sinos da Missa da meia-noite,
durante a qual,
sobre o altar enfeitado de velas e flores,
se renova o milagre da Noite Santa:
“E o Verbo Se fez Carne.”
É então o momento feliz
em que se realizam as nossas esperanças.»


Santa Teresa Benedita da Cruz, O Mistério do Natal

eis-me aqui...

SENHOR, O QUE QUERES QUE EU FAÇA???

Depois de desejar ser todas as vocações que existem na Igreja, Teresa sossega com a seguinte descoberta:

«Ó Jesus, meu Amor! Encontrei finalmente a minha vocação: a minha vocação é o Amor... Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e esse lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes... No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o Amor... Assim serei tudo! Assim o meu sonho será realizado!!!» (História de uma Alma, B, 3v)

Advento no Carmelo...

«Vá a Jesus
como ao amigo mais íntimo
e conte-lhe tudo o que se passa na sua alma.
Ninguém como Ele penetra o seu coração.
Ninguém como Ele saberá curar as feridas da sua alma,
porque vê com luz e poder infinitos
e dá o remédio.
Além do mais, ninguém como Jesus o ama tanto,
uma vez que deu a Sua vida
para dar-lhe o Céu.»

Santa Teresa dos Andes | 1900 - 1920
Carta 132


ADVENTO NO CARMELO...

«E no princípio morava
O Verbo, e em Deus vivia,
No qual a felicidade
Infinita possuía.

O mesmo Verbo era Deus
Que o princípio se dizia.
No princípio Ele morava
E princípio não havia.
Ele era o mesmo princípio
Porque dele carecia.»

o primeiro Carmelita Descalço...

É o santo do amor. “O amor não cansa e nem se cansa” nos ensina esse grande carmelita descalço. Somente o amor tem sentido: “no entardecer da vida seremos julgados sobre o amor”.


pai do Carmelo Descalço...

SÃO JOÃO DA CRUZ (1542-1591)

Nasceu em Fontiveros (Espanha), em 1542. Fez-se Carmelita em Medina del Campo, no ano de 1563. Ajudou Teresa de Jesus em sua obra desde a primeira fundação dos Frades Descalços, em Duruelo, em 28 de novembro de 1568. Estando doente em Úbeda, “foi cantar matinas no céu”, na noite de 13 de dezembro de 1591. É guia indiscutível nos caminhos do espírito. Pio XI conferiu-lhe o título de Doutor da Igreja em 24 de agosto de 1926.
São João da Cruz é pai e mestre espiritual do Carmelo Descalço, doutor da vida cristã no seu dinamismo teologal, cantor da formosura de Deus e da beleza da criação. A sua lembrança torna-se, hoje, liturgia viva. Através do louvor divino, sua oração, sua poesia, seu canto eterno de glória torna-se alimento e oração do Carmelo Descalço peregrino aqui na terra. Sua doutrina é uma expressão viva do Evangelho, por isso, a Palavra de Deus ilumina a sua experiência, e seus ensinamentos têm alcances inimagináveis na meditação dessa Palavra.
Escreveu obras de grande importância na espiritualidade: Cântico Espiritual, Subida do Monte Carmelo, Noite Escura, Chama Viva de Amor e outros escritos menores.
São João da Cruz apresenta-nos a vida de intimidade com Deus como o caminho para a verdadeira liberdade. Ele pensa esse caminho de união com Deus como o ato de escalar uma alta montanha a qual chama de Carmelo. A subida é fácil no início, mas na medida em que se sobe torna-se mais difícil. Por isso, os que chegam ao topo são sempre uns poucos e corajosos que tem a ousadia de enfrentar as dificuldades sem desanimar. O convite é ao caminho central onde está escrito por todo lado: nada, nada, nada, nada, nada... O nada de João da Cruz não é negativo, mas é positivo: é necessário negar a tudo para possuir o Tudo.


 MONTE DA PERFEIÇÃO

Para vir a saborear TUDO – não queiras ter gosto em NADA.
Para vir a saber TUDO  - não queiras saber algo em NADA.
Para vir a possuir TUDO – não queiras possuir algo em NADA.
Para vir a ser TUDO – não queiras se algo em NADA.
Para vir ao que não GOSTAS – hás de ir por onde não GOSTAS.
Para vir ao que não SABES – hás de ir por onde não SABES.
Para vir a possuir o que não POSSUIS – hás de ir por onde não POSSUIS.
Para chegar ao que não ÉS – hás de ir por onde não ÉS.
Quando reparas em algo – deixas de arrogar-te ao todo.
Para vir de todo ao todo -  hás de deixar-te de todo em tudo.
E quando venhas de todo a ter – hás de tê-lo sem nada querer.

Nesta desnudez encontra o espírito o seu descanso,
pois nada cobiçando, nada o impele para cima e
nada o oprime para baixo,
porque está no centro da sua humildade.


A sua doutrina parece ser dura, mas, na verdade não o é. É o santo do amor. “O amor não cansa e nem se cansa” nos ensina esse grande carmelita descalço. Somente o amor tem sentido: “no entardecer da vida seremos julgados sobre o amor”.

Semana de Vivência Vocacional

Dia de Retiro com os Jovens Vocacionados no Noviciado São José.

"Quando se ama tudo é alegria,
a cruz não pesa,
o martírio não se sente,
vive-se mais no céu que na terra".

(Santa Teresa de Los Andes)


... pequenez

ADVENTO NO CARMELO

Só o Amor nos faz pequenos, disponíveis e generosos.
A experiência do Amor nos abre à humanidade.
O Amor se fez pequeno...

VAMOS SEGUIR O EXEMPLO???



Liberdade é pouco...

VIVÊNCIA VOCACIONAL CARMELO DESCALÇO
Convento Nossa Senhora do Carmo - Caratinga/MG
9-14 de dezembro de 2013
  

“Não se preocupe... Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome... Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas o que é passível de fazer sentido... Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”.

Advento no Carmelo...

VIRGEM DO ADVENTO


«É certo que nenhuma vida humana
está isenta de pecados,
só a Imaculada se apresenta absolutamente pura
diante da Majestade Divina.
Que alegria pensarmos
que esta Virgem é nossa mãe!
Se ela nos ama
e conhece a nossa fraqueza,
que temos a recear?»

Santa Teresa do Menino Jesus | 1873 - 1897

Carta 226

... o Senhor se agradou de ti!

 "Ó mulher cheia e mais que cheia de graça, o transbordamento da tua plenitude faz renascer toda criatura! Ó Virgem bendita e mais que bendita, pela tua bênção é abençoada toda a natureza,  não só as coisas criadas pelo Criador, mas também o Criador pela criatura".

(Ofício das Leituras,

solenidade da Imaculada Conceição de Maria)


Semana de Vivência Vocacional

Entre os dias 9-14 de dezembro teremos na comunidade de Caratinga a Semana de Vivência Vocacional com vários jovens acompanhados por nossos frades na região sudeste.
Rezemos para que seja um tempo de profundidade e discernimento e que abertos à graça de Deus possamos sempre fazer sua santa vontade.

Senhor, que nos chamastes
a viver na  Vossa presença
no seguimento de Jesus Cristo
e na meditação da Vossa Palavra,
olhai com bondade
a família do Carmelo
e, por intercessão de
Santa Teresinha,
enviai inúmeros operários
à Vossa messe
para que o Evangelho
seja anunciado
a todos os povos.

Amém

Frades Carmelitas Descalços...

..."em Tuas mãos Senhor, a minha vocação
e todos os momentos da vida..."


Chamados a uma vida de intimidade...


Deus está continuamente a nos chamar para uma vida de maior intimidade e proximidade com Ele. Através desta relação nos impulsiona para a ralação com as outras pessoas e para um compromisso com a comunidade humana para nela realizarmos seus planos de amor e de salvação para todos os homens. Poderemos ouvi-lo se silenciarmos nosso interior de todas as agitações e cultivarmos um silêncio tão fecundo e produtivo que nos leve a uma verdadeira e radical experiência com Ele. Vocação é vida, é entrega, é nos lançarmos confiantes na certeza de que em Deus nunca seremos confundidos ou desamparados. O Deus que nos chama é fiel e cuida de nós. Seguir o chamado divino é fazer experiência de Deus, do mesmo Deus que continua a agir na história humana. Ele que falou aos patriarcas, aos profetas, aos apóstolos e mártires, aos santos e santas; fala também hoje a nós e nos convoca a sermos sinais de sua presença. Nos confia uma missão específica de acordo com nossas capacidades e talentos Dele mesmo recebidos, para colocarmos toda a nossa vida a serviço: um serviço discreto, generoso e alegre porque brotado antes, e sobretudo, de uma relação de gratuidade com Aquele que mesmo sendo o Senhor de tudo quer contar com nossa ajuda.

Advento no Carmelo...

«A Igreja…
nasceu da graça de Deus
e com o Filho de Deus
desceu do céu,
de modo que está unida a Ele
indissoluvelmente.
Foi construída com pedras vivas;
a sua pedra angular foi colocada
quando a Palavra de Deus
assumiu a natureza humana
no seio da Virgem.»

Santa Teresa Bendita da Cruz | † 1942

Obras 227

Advento no Carmelo

TEMPO DE GRAÇA NO CARMELO

«Creio em Vós.
Espero em Vós.
Amo-Vos unicamente a Vós,
Deus Omnipotente e Senhor meu.
Jesus amoroso,
vem ao meu coração
e visita a minha alma que tanto Te deseja.
Dignai-Vos saciar a minha fome,
bom Jesus.
Vinde,
enchei a minha alma
e deixai o meu amor cheio.»

Santa Teresa Margarida de Redi | 1747 – 1770

In Creio em Vós. Espero em Vós.

O Advento no Carmelo...

ADVENTO,
NO CARMELO...

A espiritualidade do Carmelo é a espiritualidade da união com Deus, da busca da interioridade que aqui ele nos oferece como prelúdio da vida futura.
Vivendo este tempo tão marcante somos chamados a intensificar essa busca, como tão bem nos descreve a Beata Elisabete da Trindade: “o santo tempo do Advento é o tempo das almas interiores, daquelas que vivem sempre e em tudo “escondidas em Deus com Cristo” (Cl 3,3).


«O que deveria passar-se na alma da Virgem,
quando, depois da Encarnação,
já possui em si o Verbo Encarnado,
o Dom de Deus?…
Com que silêncio,
em que recolhimento
e adoração
se devia sepultar no fundo da sua alma,
para estreitar a si esse Deus
de que era Mãe. Ele está em nós.
Oh! mantenhamo-nos bem perto d’Ele,
nesse silêncio,
com esse amor da Virgem;
é assim que vamos passar o Advento, não é?»


B. Isabel da Trindade, Carta 183

Início da Reforma Teresiana entre os Frades...

TERESA DE JESUS,
FUNDADORA DE FRADES

Encontrou certo dia em Medina del Campo dois frades carmelitas que estavam dispostos a abraçar a Reforma: Antonio de Jesús de Heredia, superior, e Juan de Yepes, que seria o futuro São João da Cruz.
Aproveitando a primeira oportunidade, ela fundou um conventinho de frades em Duruelo em 1568. Em 1569 fundou o de Pastrana. Em ambos reinava a maior pobreza e austeridade. Santa Teresa deixou o resto das fundações de conventos de frades a cargo de São João da Cruz. Depois de muitas lutas, incompreensões e perseguições, obteve de Roma uma ordem que eximia os Carmelitas Descalços da jurisdição do Provincial dos Calçados.

Em 1580, quando estabeleceu-se a separação entre os dois ramos da Ordem do Carmo, Santa Teresa de Ávila tinha 65 anos e sua saúde estava muito debilitada. Nos últimos anos de sua vida fundou outros dois conventos. As fundações da Santa não eram simplesmente um refúgio das almas contemplativas, mas também uma maneira de servir melhor a Deus numa maior perfeição de vida. 

Fundação... Descalços.... descalça-te

FUNDAÇÃO DOS FRADES CARMELITAS DESCALÇOS

28 de novembro de 1568
Início da Reforma de Santa Teresa entre os Frades.

Em finais de Setembro de 1568 parte Frei João para fundar em Duruelo, o primeiro convento do Carmelo Descalço. Leva consigo seus sonhos, o desejo de uma entrega radical a Deus, um hábito novo que Santa Teresa costurou com as próprias mãos.
Duruelo é um lugar pobre, distante de tudo, perdido. Na verdade, não era mais que um barracão para guardar as alfaias dos ceifadores e onde estes mesmos se recolhiam durante o tempo das colheitas. No Verão anterior a Madre visitou a casinha que lhe tinham oferecido para convento, e as suas companheiras tiveram por loucos os que dali fizessem convento para viver. Estava tudo tão sujo e imundo que, apesar do entardecer, ninguém ali quis dormir. Ouçamos as suas palavras: «Saímos de manhã para Duruelo, mas como não sabíamos o caminho perdemo-nos. E, sendo o lugar pouco conhecido, ninguém sabia dar indicações precisas.
Quando entramos na casa, estava de tal maneira que não nos atrevemos a ficar ali naquela noite. Tinha um portal razoável, uma sala, um sótão e uma pequena cozinha. Pensei que do portal podia fazer-se a igreja, o sótão servia bem para o coro e a sala para dormir.
As minhas companheiras diziam-me: «Madre, não há com certeza, homem, por santo que seja, que resista a viver nesta casa».
Mas frei João da Cruz concordava com a pobreza da casa para convento. Combinamos, pois, que o padre frei João da Cruz fosse acomodar a casa para poderem entrar. Tardou pouco o arranjo da casa, porque ainda que se quisesse fazer muito, não havia dinheiro.
No primeiro domingo do Advento deste ano de 1568 celebrou-se a primeira Missa naquele pequeno portal de Belém. Chamo-lhe assim, porque não creio que fosse melhor que o presépio.
Os quartos tinham feno por cama, porque o lugar era muito frio, e, pedras por cabeceira. Muitas vezes, depois de rezarem levavam muita neve nos hábitos que neles caía pelos buracos do telhado.
Iam pregar a muitos lugares próximos dali, o que me deixou muito contente. Iam descalços e com muita neve e frio, porque no princípio, não usavam calçado, como mais tarde lhes mandaram.
Em tão pouco tempo, alcançaram tanta estima das pessoas, que nunca lhes faltava alimentos, pois traziam-lhes mais do que o necessário. Isto foi para mim grande consolo, quando o soube.

Praza ao Senhor fazê-los perseverar no caminho que agora começaram.» (Livro das Fundações 13 2-3)